segunda-feira, 3 de setembro de 2007



Eu
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Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
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Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre imcompreendida!...
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Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou que chora sem saber por quê...
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Sou talvez a visão de alguém que somhou.
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
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- Florbela Espanca -

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